terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Um Instante Para O Suspiro!

Apressei o passo e caminhei sozinha sem ter muito para onde ir. Passei pela padaria da Santa Clara: aquela em que nos encontramos formalmente pela primeira vez, se lembra, amada? Você pediu uma simples coca zero e minha ânsia determinou: um croissant de queijo brie com geléia de damasco, uma torta floresta negra (rimos um bocado dessa e de outras nomenclaturas bobas e aparentemente sem sentido) e um suco de melancia. Me lembro como se fosse hoje da cara feia que você fez...e não contente, ainda reclamou baixinho: "quem toma suco de melancia? coisa mais sem graça"! Em seguida tropecei naquele mesmo piso falso maldito que arranhou feio a sola da minha sapatilha de verniz que eu tanto amava e tinha escolhido usar especialmente naquele dia porque ia te ver. Lembra que você tentou segurar o riso porque não queria me deixar sem graça?
A vontade que tive de fechar os olhos por um instante e te imaginar ali no meio da multidão, pronta para me dar um abraço de urso e atrapalhar o fluxo insano das pessoas apressadas. Afinal, porque elas correm tanto? Será que em algum lugar alguém as espera ansiosamente como eu também te espero?

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