quinta-feira, 4 de julho de 2013

Para A Obra, Vida, Diana e Felipe

Não sei se foi o martelo que não bateu no andar de cima ou o relógio biológico, condicionado há seis meses atrás desde que a obra começou, que falhou. Ou se foi acordar ao seu lado sem pressa e principalmente sem planos pro almoço. Ou a pizza congelada que virou cotidiano. Ou o beijo que te dei encostada na geladeira e disse que estava completamente apaixonada por você. Ou porta do elevador que especialmente hoje demorou de fechar e pude ter a certeza de que encontraria aquele seu olhar em breve. Ou a música repetida que toquei no violão a tarde toda. Ou a mocinha mais linda que chegou de supetão, sentou no chão do meu quarto e me disse maravilhas ao pôr do sol. Ou o caminho para as barcas que ela faria (que coragem)! Ou meu analista que me fez admitir e confessar que pela primeira em seis anos eu tinha me libertado: estava finalmente e novamente vivendo como Eu e não como Lóri ou como Victoria.

Clarice perdeu para o inédito.

Assinado,

Eu.

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